DEFINIÇÃO
A curvatura peniana pode ser uma condição herdada (congênita) quando está presente desde o início da vida sexual, desde quando o indivíduo percebe suas primeiras ereções OU também pode aparecer ao longo da vida (não existia mas agora surgiu) quando também é conhecida como Doença de Peyronie: uma doença peniana em que ocorre a formação de placas fibrosas no revestimento interno do pênis (túnica albugínea). Essas placas podem causar uma deformidade anormal no pênis durante a ereção (principalmente curvatura), resultando em desconforto, dor e dificuldades durante a relação sexual.
Estudos mostram que aproximadamente 10% dos brasileiros apresentam curvatura peniana adquirida (Doença de Peyronie) e quando negligenciado seu tratamento pode haver prejuízo das atividades sexuais, bem-estar e qualidade de vida do indivíduo. O grande problema é que a curvatura pode não apenas causar desconforto físico durante a relação sexual, mas ter um impacto muito negativo na autoestima e qualidade de vida do paciente. Desse modo, deve obter o diagnóstico preciso e resolver a situação o mais rápido possível, o ideal é realizar uma avaliação médica com um especialista.
CAUSAS
• Microtraumas durante as relações / masturbação
• Fraturas do pênis durante as relações / masturbação
• Doenças metabólicas, autoimunes ou fibromatosas
• Diabetes
• Idade avançada
• Tabagismo
• Obesidade
SINTOMAS
• Fibrose (segmento endurecido ao longo do pênis) que gera deformidade
• Dor
• Encurtamento do pênis
• Afinamento do pênis
• Curvatura ou tortuosidade
DIAGNÓSTICO
Após história clínica e exame físico, é fundamental o paciente realizar um exame de ultrassonografia doppler do pênis para avaliação geométrica da deformidade no estado plenamente ereto.
A deformidade REAL é aquela observada quando o pênis está completamente ereto, do contrário ao analisar o membro no estado flácido ou parcialmente ereto é certeza de que a deformidade está SUBESTIMADA. Além disso, a mensuração do tamanho e grau de calcificação das placas, biometria peniana, presença de hipotrofia distal são informações relevantes no acompanhamento da doença.
TRATAMENTO
O tratamento pode variar e a fase da doença atual é importante. Na fase aguda, em geral, os pacientes podem utilizar medicamentos via oral para alívio da dor e dispositivos externos como extensor peniano específico para evitar a progressão da deformidade. Na fase crônica, geralmente o tratamento recomendado é a cirurgia. Caso o indivíduo apresente disfunção erétil associada, o implante de prótese peniana associado a correção da curvatura deve ser levado em consideração (pois trata ambas as condições ao mesmo tempo e recupera tamanho e calibre perdidos devido a doença).
Especialidade